Meu fluxo, meu refúgio, meu mundo. Aos leitores... Espero que gostem, critiquem, sonhem e discutam.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Papel cor de rosa

Desci do carro e dei um beijinho no rosto da titia como agradecimento pela carona... O ponto de ônibus estava lotado e eu ainda tinha mais duas aulas no curso. Esperei... Esperei e nada daquele maldito ônibus chegar... E como sou curiosa e inquieta comecei a observar as pessoas... Naquele dia -por incrível que pareça eu não tinha nenhum livro na minha bolsa- e então acabei prestando atenção num garoto que estava ao meu lado...
[Pausa]
Ri muito quando a Nina começou a me contar essa história... Perguntei: " Humm... Garoto? Reparando no garoto?!" Ela replicou dizendo: " Na verdade eu estava prestando atenção no papel ..." E eu: " Papel? Mas não era no garoto?" E foi então que a Nina começou mais uma das suas histórias mirabolantes.
Depois que desci do carro a espera pelo ônibus foi irritante... Percebi que uma garoto do meu lado estava com um papel cor-de -rosa na mão e lendo aquelas frases com tanto cuidado... As letras todas bordadinhas, bonitinhas... Uma fofura!Sei que foi meio que invasão de privacidade da minha parte, mas, mesmo assim acabei lendo o dedicatória daquilo que pra mim com certeza era uma carta.
"Para meu futuro amor, para meu amigo, para aquele que um dia eu puder chamar de meu".
Depois de ler isso me espantei! E reparei que nos olhinhos verdes daquele garoto, que cá entre nós era muito lindo, tinham lágrimas correndo e ainda assim um riso suave.
Depois de ler toda a carta, -acredito eu-, ele guardou aquela folhinha cor-de-rosa no bolso da calça como se guardasse a vida... Naquele momento lembrei da música que diz: "[...]E ao mesmo tempo fazer dela
O meu caminho só[...]Talvez eu seja...O último romântico[...]". Ah, doce Lulu! Talvez aquela lágrimas e sorriso ainda doce seríam a tradução de um amor interrompido. De um amor esquecido....
O maldito ônibus -risos- chegou e eu pude ir embora...Da próxima vez leio tudo... Não posso ficar fora da história.

Nina, andanças ali e acolá.